Filipe Amorim
sexta-feira, 22 de setembro de 2023
Evolução...
quinta-feira, 20 de julho de 2023
Suicídio demográfico... um texto com alguns anos, mas tão atual!...
A Fundação “Robert Schuman”, num alerta muito actual e bem documentado, chamou a atenção para o fenómeno da catástrofe demográfica em que silenciosamente a Europa mergulhou e a que deu o título de “Europa: o Suicídio Demográfico”. Apesar de sucessivos alertas vermelhos para a situação de “Inverno demográfico” em que mergulhou o “Velho Continente”, que foi promovido, incentivado e imposto pelos decisores políticos, agentes culturais e educativos, os nossos responsáveis não quiseram prestar atenção nenhuma.
Já em 1976 (mil novecentos e setenta e seis!) a editora Gallimard (Paris), tinha editado um livro, que foi um verdadeiro “best seller” e a que os autores, homens de saber (Pierre Chaunu – Professor na Sorbone e Georges Suffert – jornalista) deram o sugestivo e premonitório título de «LA PESTE BLANCHE – comment éviter le suicide de l` Occident» (A Peste Branca – como evitar o suicídio do Ocidente). É curioso o título que deram ao livro e que vincam ao titular a introdução assim: «Uma nova variedade de peste». Os autores, cujo livro acabo de reler, a propósito deste cataclismo demográfico que estamos a viver, perguntam-se: «O que é a peste branca?» e respondem: «a desesperança generalizada. A indiferença face à vida, a recusa de todo o sistema de valores, o egoísmo apresentado como a mais refinada das belas-artes.» … «gozar o presente, não lutar, não ter descendência – escolhem o que bem podemos chamar um suicídio colectivo».
… Entretanto, em que se têm ocupado os decisores políticos, os media, os professores, os médicos, os enfermeiros …a promoção de todas as condições que levaram a este suicídio colectivo!
E a hipocrisia, a leviandade e a perfídia dos políticos em quem votamos, vem oferecer facilidades: mais dinheiro para se ter mais filhos! Não, não é este o caminho. Seguem, conscientemente, o politicamente correcto que é recusarem-se a ver e a corrigir o muito e muito mau que continuam a promover.
As ideias matam, está-se a ver!
«Que silêncio ensurdecedor face ao suicídio demográfico da Europa no horizonte de 2050! As projecções demográficas das grandes regiões do mundo de agora até lá são reavaliadas de dois em dois anos pelas Nações Unidas e regularmente pelo Eurostat para os Estados membros da União Europeia (…) Na realidade, ninguém fala no assunto, sobretudo em Bruxelas onde se prefere produzir relatórios sobre revoluções tecnológicas, o desenvolvimento durável ou a transição energética» (fonte, a indicada).
Os nossos políticos “assobiam” para o lado! Recusam-se a ver que o grande problema, a grande causa desta catástrofe-suicídio-inverno-cataclismo demográfico está no mundo das ideias que implementaram e implementam contra a natalidade, a família, o casamento, a filiação, paternidade…
A «Peste Branca» dizima, há muitos anos, a Europa. E não há cadáveres, pois não se nasce. Não se deixam nascer crianças. Morre-se cada vez mais tarde. Nascem crianças cada vez menos.
Um facto que nos deveria inquietar: o número de caixões, na Europa, já ultrapassou o número de berços.
Portugal não foge à regra. Quem tiver dúvidas, pode consultar, agora, essa grande e científica base de dados que é a Pordata. Vê que, agora (qualquer que seja o dia e a hora), neste momento, já morreram mais pessoas do que as que nasceram.
A população portuguesa residente não cessa de diminuir, apesar dos subsídios à natalidade que são pura demagogia!
São as ideias que matam. São as ideias que são suicidas. E as ideias suicidas, em termos demográficos, andam à solta e são apoiadas e promovidas, malgrado a situação catastrófica em que vivemos.
É o que temos e é o que temos de combater… se queremos sobreviver como civilização.
Carlos Aguiar Gomes (... no Facebook)
terça-feira, 23 de maio de 2023
Bula Manifestis Probatum do Papa Alexandre III pela qual confirma o Reino de Portugal - 23 de maio de 1179
Em 1128 D. Afonso Henriques tomou conta do Condado Portugalense, e logo procurou obter o reconhecimento da sua independência. Em 1139, com a vitória na batalha de Ourique, o seu prestígio aumentou e ele passou a intitular-se rei de Portugal, título que foi reconhecido pelo Tratado de Zamora por seu primo, Afonso VII, imperador de todas as Espanhas.
No entanto faltava ainda o reconhecimento por parte do papa, uma vez que D. Afonso Henriques continuava a temer hipotéticas pretensões de seu primo, pois como tenente de Astorga, era ainda vassalo de Afonso VII.
Em 1143 faz juramento de vassalagem ao papa, e no ano seguinte, em carta Claves regni celorum renova o juramento e compromete-se a pagar o censo anual de quatro onças de ouro, pedindo como contrapartida a protecção pontifícia e a garantia de que nenhum poder espiritual ou temporal interferiria no seu território.
O portador da carta foi o arcebispo de Braga, D. João Peculiar, mas a iniciativa não teve sucesso por contrariar a política de Roma: a Santa Sé entendia que se impunha a união dos reinos cristãos da Península Ibérica, sob a dependência de Afonso VII, para se conseguir uma vitória sobre os muçulmanos.
Lúcio II, pela bula Devotionem tuam, de 1 de maio de 1144, aceita a vassalagem, o censo e a doação do território, mas dá ao rei simplesmente o título de "dux Portugallensis", e ignora as contrapartidas pedidas por D. Afonso Henriques.
Sem desistir, o rei informa o papa de que alargara as fronteiras até ao Baixo-Alentejo, valorizando assim o território que doara à Santa Sé.
Por ocasião da canonização de S. Rosendo, em 1173, o Cardeal-Legado, Jacinto, já incluiu D. Afonso entre os reis peninsulares, e finalmente Alexandre III concedeu-lhe o título de rei de Portugal, não a título de graça, mas por ter ficado provado, "manifestis probatum", que os seus feitos amplamente o mereciam.
Esta bula, datada de Roma, 23 de maio, é a Magna Carta de Portugal como estado de direito, livre e independente.
fonte: Arquivo Nacional Torre do Tombo, disponível em https://digitarq.arquivos.pt/details?id=3908043
sexta-feira, 19 de maio de 2023
SILERE NON POSSUM // n.º 38 // Carlos Aguiar Gomes
- Só se poderia afirmar o direito ao aborto no caso de o embrião ou o feto não fossem nada; mas, o não nascido não é uma coisa, é um ser humano. Assim, qualificar como direito a eliminação de modo voluntário da vida de um ser humano inocente é sempre moralmente mal. Com esta lei, o ser humano nos primeiros momentos da sua existência é um verdadeiro sem papéis, candidato à expulsão do ventre materno.
- Queremos reiterar o nosso apoio incondicional às mulheres que sofrem as consequências de uma gravidez não desejada, oferecendo-lhes a ajuda eficaz da Igreja, através de tantos programas e associações, recordando-lhes que a morte do filho que trazem no ventre nunca é a solução para os seus problemas.
- Recordamos outra vez que com esta lei os direitos e obrigações do pai do não nascido ficam inibidos e censurados.
- Lembramos que, com resoluções como esta que acaba de ser aprovada, o “direito” deixa de o ser porque não está já fundamentado solidamente na inviolável dignidade da pessoa, mas submetido à vontade do mais forte. Deste modo a democracia, malgrado as suas regras, segue um caminho de totalitarismo fundamental (S. João Paulo II, in “Evangelium vitae”, n.º 20).
- Convidamos os profissionais de saúde a exercerem o seu direito à objecção de consciência, já que “leis” deste tipo não só não criam nenhuma obrigação de consciência, mas, pelo contrário, estabelecem uma grave e precisa obrigação de se lhes opor mediante a objecção de consciência (id. n.º 73).
- Animamos todos os membros do povo de Deus e a todas as pessoas de boa vontade a recusar qualquer atentado contra a vida, seja trabalhando com valentia e criatividade por instaurar a tão necessária cultura da vida. Seria muito grave ficarmos de braços cruzados pensando que já nada se pode fazer.
Não me imaginava a partilhar isto: ” Dias depois, Marcelo tem razão, outra vez”
Enquanto secretário de Estado da Energia, nunca ouvi sobre João Galamba um comentário negativo. Todos os que com ele interagiam teciam maravilhas da sua preparação técnica. Esses atributos podem chegar para ser número dois, mas para ser ministro é preciso mais. É necessário empatia, honestidade, honra, tolerância e humildade. Galamba tem, claramente, um défice crónico em todos estes atributos, desmontados um a um pela enorme coragem que o adjunto Frederico Pinheiro teve em enfrentá-lo. A passagem dele pela CPI é o maior ataque à tirania e pesporrência que este Governo demonstra. Hoje é claro que a única razão para acionar o SIS de forma a recuperar violentamente um computador teve como único objetivo impedir a divulgação das notas das reuniões que Galamba ocultou terem acontecido (neste caso o mesmo que mentir). A informação considerada secreta e que alegadamente punha em causa a segurança nacional afinal não só pode ser acedida por imensos assessores e adjuntos de vários ministérios como foi entregue à CPI e estava acessível através do telemóvel de Frederico Pinheiro, aquele que ninguém teve interesse em recuperar. A explicação mais simples é neste caso a correta. Só o computador continha as notas das reuniões onde Galamba combinou com a CEO da TAP a informação que podia ser divulgada aos deputados. Só o computador interessava, porque só esse punha em causa Galamba.
Quando se chega ao ponto de se pedir a serviços secretos que recuperem informação que apenas é sensível porque desmonta as mentiras e trapalhadas de um ministro, quando esses serviços atuam sem saber o que continha o dito computador, quando ameaçam e coagem apenas para proteger a cabeça de um membro do Governo, então ultrapassaram-se todos os limites imagináveis. Não só está em causa o Estado de direito como me parece óbvio que algo está muito podre dentro do Governo. Marcelo Rebelo de Sousa fez um discurso duríssimo na noite em que António Costa decidiu manter João Galamba, onde destruiu publicamente e em horário nobre a imagem de um ministro. Nem percebo como Galamba, depois das palavras do Presidente, não se demitiu outra vez. Qualquer um com um mínimo de vergonha teria percebido que ser ministro é muito mais do que uma assinatura no livro que reúne as declarações de compromisso de honra de membros do Governo.
Dias depois das palavras de Marcelo, os factos, um a um, vão-lhe dando razão.
João Vieira Pereira, Expresso, 19 de maio de 2023
segunda-feira, 15 de maio de 2023
SILERE NON POSSUM // // Carlos Aguiar Gomes
sexta-feira, 12 de maio de 2023
SILERE NON POSSUM // n.º 37 // Carlos Aguiar Gomes